Fui adotado por uma gata.
Costumam dizer que cachorros a gente adota, mas somos adotados pelos gatos. Talvez isso seja explicado pela liberdade que os gatos tem para escolher onde ficar, não se intimidando com muros e obstáculos.
Costumo acompanhar as andanças dos gatos pelos telhados da vizinhança. Usam os telhados como usamos as calçadas.
Recentemente uma gatinha persa foi rejeitada pelos cachorros da casa onde vivia e passou uma época solta pelas ruas. Teve dois filhotinhos no quintal de uma casa próxima, dentro de uma calha de água. Filhotes crescidos, voltou às ruas. Encontrou, no meu quintal, boa receptividade por parte dos meus cachorros, que não atacam ninguém e aprenderam a respeitar todas as espécies do reino animal. A partir dessa inesperada visita, passei a comprar ração para gatos, que é diferente das indicadas para cachorros, além de algumas embalagens de Whiskas e assemelhados.
Menina, como passei a chamá-la, diariamente passava por aqui na hora das refeições.
O tempo foi passando e as visitas começaram a ser mais demoradas. Acabava de comer e permanecia no quintal, dormindo profundamente sem que os cachorros a incomodassem. No quintal passava os dias… e as noites.
É hora de assumir. Se dorme aqui, não pode ficar ao tempo, sentindo frio e se molhando na chuva. Antes de levá-la ao veterinário não quero que frequente o interior da casa. Ela, que vivia pelas ruas, sofre de coceira, que pode ser causada por infestação de pulgas ou por alguma dermatite. Além disso, precisa de um banho, mas quem vai dar? Não me arrisco, pelo menos por enquanto. Também precisa de vacinas e de ser vermifugada. Por ser velhinha, não me arrisco a mandar castrá-la. Mas isso é com o veterinário.
Enfim, Menina já está entre nós, com total liberdade para voltar ao antigo lar quando e se desejar. Enquanto permanecer conosco contará com alimento de qualidade, uma caminha quente e protegida, assistência veterinária, atenção e carinho.
Será que vai gostar?
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Há 11 anos atrás também fui adotada por uma gata.
Morava no terceiro andar e todo dia às 6 da tarde ela aparecia.
Eu chegava na janela e chamava, Branquinha ! e ela respondia miando e qdo descia, com a ração,já estava me esperando na porta de serviço.
O “namoro ” durou um mês, até chamar a vet para pegá-la . Foi castrada e até hoje está comigo.Ano passado descobri que ela estava diabética e todo dia pela manhã,a primeira coisa que meu marido faz é dar uma insulina na bichinha que está linda e saudável.
Só tem um problema, não suporta a outra gata e o ódio é recíproco, já com os dois machos a convivência é bem harmoniosa.
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Paulo Teixeira Reply:
junho 23rd, 2014 at 08:43
@ana clara, Começo a achar os gatos fantásticos. A gatinha entrou decidida na casa, percorreu todos os aposentos, examinou tudo, e depois saiu.
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