Gatos são animais cheios de personalidade. Até para comer seguem seus rituais próprios e, para quem está acostumado com cachorros, tudo parece muito estranho. Futuramente darei detalhes mais completos sobre a alimentação dos gatos. Neste artigo vou relatar o que aprendi ao cuidar dos dois gatinhos da minha filha, nos finais de semana em que ela viaja.
Abria a porta do apartamento e, muitas vezes, custava a encontrar os bichinhos, que dormiam nos lugares mais estranhos. De repente, vindo sabe-se lá de onde, sentia um rabo levantado passar pela minha perna e ouvia o miado. Era o sinal de boas vindas. De onde ele surgiu? Sabe-se lá!
Fui orientado a manter um filete d’água escorrendo na pia do banheiro. Gatos gostam de água corrente. Mais tarde o filete foi substituído por um bebedouro elétrico, que se encarrega de manter a água sempre circulando. Gasta energia elétrica, mas pelo menos evita o desperdício de água.
Alimentação dos gatos
Outra coisa que aprendi: mesmo estando quase cheio o vasilhame de ração, devo colocar um punhado de ração nova na mão e completar o que faltar. Gato come pouco, várias vezes ao dia, ao contrário dos cachorros, sempre gulosos.
No final da tarde, abria uma latinha de atum light, conservado em água, e dividia entre os dois. Já sabia que iriam saborear o petisco lentamente, talvez durante horas, e não me surpreenderia se sobrasse alguma coisa na vasilha até o dia seguinte.
Em seguida, cuidava da higiene, retirando as fezes do caixote de pedrinhas. Seguia o ritual.
Os gatos acabavam de comer e se recolhiam aos seus aposentos.
Há alguns anos convivi com uma dúzia de gatinhos, nascidos na minha garagem. Preparei um ninho bem aconchegante para a mãe, ao lado da casa do Bob, meu cachorro mais velho, que assumiu a proteção dos filhotinhos. Tomava conta direitinho sempre que a mãe precisava se ausentar para ir ao banheiro. A mamãe gata só se sentia tranquila quando Bob estava ao seu lado. Ele, muito compenetrado, cumpria seu papel de pai adotivo. Eram gatos criados soltos, mas foram todos vermigugados, vacinados e castrados, graças a uma campanha feita pela internet. Em dois meses já havia perdido um sofá, um abajour, dois vasos enormes de plantas, etc. Imagine 13 gatinhos levados correndo pela casa e brincando com a cachorrada. Até os cachorros entraram no clima contagiante da brincadeira.
Quantas lições os animais nos dão diariamente!